The last memory that I keep safe in my mind since they broke apart is about that time when we, three of us, as a family drove to other city where he had a job interview, or something like that.

A pontualidade não falha. Pontualidade no sofrer ha ha ha. Antes de escrever eu leio dois ou três posts anteriores e, vejam bem senhoras e senhores, se aqui escrevo é porque não tenho mais onde me refugiar. É aqui minha última tentativa de abrigo, de tentar sentir alguma coisa. Na verdade eu sinto, sinto muito, sinto dor, sinto tristeza por sentir pouco, por sentir esvaziar.

Hoje queridos, eu acordei e não senti aquele amor. Eu lembro quando o sol batia em seus cabelos e refletia alegria, lembro do cheiro quando fecho os olhos, da pele, do calor, do amor. Mas de que vale lembranças? Ainda me pergunto por qual lobotomia fui submetido pra ficar apático e egoísta assim desse jeito. Foi o trabalho de cientista? Foi a distância? Foi a Maria que não veio ainda? Foram as costelas que me faltam? Ah, quem sabe sabe que cada negligência minha era uma punhalada que eu dava em mim mesmo. Hoje e antes de hoje eu magoei a pessoa mais importante da minha vida. Hoje e antes de hoje eu estrangulava até a morte o que construímos com tanta beleza.

E tudo precisa mesmo ter um fim?

Os registros são escasso sim. É que toda vez que vem uma motivação pra tipografar, esta é trágica. Triste, doída. O velho moço, agora com mais de meio século de vida percebe que extrapolou na fanfarronice, na boemia, no álcool, nas drogas, na loucura. Vê-se em cada suspirar o arrependimento de mais da metade das coisas que fizera. Ai. Me dói muito também. Sou seu menino, seu primeiro.

Perdeu a mão destra. Não mexe mais. Não de todo, mas quase. A mão que segurava a talhadeira enquanto a canhota marretava. Exímio recuperador de carros, o melhor que já existiu sem dúvida. Inteligente. Mas a destra não mexe mais. Tecnicamente, eu leigo, imagino coágulos e placas lipídicas obstruindo alguma parte do sistema vascular e causando o "derrame". Acordou no domingo e ela não mexia.

Sofro.

Coisas boas são cotidiano, sou otimista, mas ora ou outra me deixo levar pela realidade dos meu queridos. Eles parecem não se iludir tanto com a vida quanto eu e sofrem com isso. Um otimismo sem fim, eu.

Ele fala que uma princesa ajudaria muito. Como fez com o outro. Ela chega logo, não demora. Só acho que vai ser menino, mesmo eu querendo menina.

Peço: Deus, não deixe ele ir antes da Virgem Santa. E não leve ambos antes da princesa. Dessas coisas eu não tenho controle. Apenas tu, Pai. Pai, pai... papai.

Let's go Mario!

Embora fique a sensação de não saber o que incomoda, se parar pra pensar por um instante lá está a fatídica realidade. Nauseante. Acontece que não se sabe mais como proceder. O dano parece ser demasiado grave para ser remediado.

Fica complicado direcionar os esforços. Cada esfera exige uma quase exclusividade de atenção e é necessário se desdobrar pra prosseguir. Onde então concentrar os esforços? Onde dar mais prazer? Mais satisfação? Mais tranquilidade? Há tempos larguei mão de me aplicar integralmente a desventuras "alheias" e foquei um pouco mais no meu ego. Nessa altura eu diria involuntariamente que Nietzsche tinha razão e isso, senhores e senhoras, é se não, uma das maiores contradições pessoais.

Antes fosse mero drama existencial, mas o contexto que envolve o jovem supracitado no título é deprimente. Fiquei calejado ao longo do tempo e não mais choro aos berros como atrás. Mas dói e muito. E essa transição de idéias também incomoda.

De fato, isso tudo é vaidade. Aprendo dia sim e outro também como aproveitar os instantes. Se ainda não sei como encarar, encaro do jeito que dá. Pelo que não sei, há quem interceda. E meu Santo é forte, o mais forte. E mesmo com isso a vida é boa e a fé é de que a satisfação é plena no porvir.

É mais fácil falar aqui das coisas que afligem. Eu li, fica angustiante. Mesmo sendo bom lembrar, fica angustiante a maior parte do tempo.

As últimas semanas têm sido de um gosto assim adocicado, mas não de todo bom. Como se um algodão doce pudesse ficar passado e insistíssemos em comê-lo. A ansiedade nem é lá a esperada. Imagina o interlocutor anunciando seu primeiro emprego como quem anuncia um prêmio de loteria. "Ah, que bom" foi a resposta que recebera.

As horas na sala de aula são formidáveis, excitantes, igual ou melhor que a graduação. Somados com a possibilidade calculada de obter uma variedade de coisas a toa, a situação deveria ser extraordinária. Mas não é, ou ainda não é. Acho que a ficha não caiu.

O mais animador é sonhar em trazê-la pra mim. Sonho quase real, questão de tempo. Então seremos dois coadjuvantes em que o personagem principal será o nosso cotidiano, daí então o doce será doce e as cores dançariam igual num filme do Almodóvar.

A Virgem

Em tempos aparece toda aquela mobilização para beatificar fulano ou beltrano. É que eles fazem milagres, dizem. Já morreram há tempos mas ora ou outra dão o ar da graça em história mirabolantes. Coitados, que culpa tem? São os vivos que querem mais santos mortos.

Eu tenho a minha própria. Virgem, o pré-requisito básico já vem no nome. É mãe, é esposa. É vó. Esqueceu-se que é filha e carrega como pode mais que o mundo.

Ah, eu queria logo levar seu nome aos mais altos cargos eclesiásticos dos cleros mais soberbos e esfregar na cara todos que em matéria de santo, a minha é a que mais representa.

Deus olha. Olha com olhar de Deus. E se bem conheço Esse olhar, agora mesmo está olhando mais longe do que eu enxergo. E não precisa ser divindade pra sentir que no seu coração transborda amor, caridade e zelo.

Zelo para comigo, de irmã, de mãe, de vó. Sou grato ao Pai por me honrar com tanto amor.

Vó Virgem, eu te amo. Eu reconheço seu esforço, o Pai também.

Seis

Não perca as contas Dona Bonita, 1-2-3-4-5 e 6. Não é pouco tempo. Não é pouco caso. É caso pra vida toda, porque comigo é assim e você sabe desde sempre.

Passa 1-2-3-4-5-6 e nenhum é igual o outro, você também sabe disso. Agora é diferente de antes e amanhã parece ser o que queremos que seja, o que pensamos antes de dormir deitados naquela cama menor do quarto menor. Você não pensa antes de dormir, se pensa, são só vislumbres poucos lúcidos que emendam em sonhos porque você está um pouco cansada. "Como pode meu Deus" diz minha vó. Eu te embalo pra um sono tranquilo hoje e sempre.

E você sabe que sim, que música ou outra naquele headphone que você odeia toca música que trás frio na barriga e lembra você. Já contei duas chamadas "Valentine", uma no 1 e outra no 6 e até coloquei pra você ouvir mas ainda nem parou pra ouvir. Mas essas sardinhas no seu rosto é charme, eu me perco.

Filósofo ou outro fala que o mal da juventude de hoje é não esperar o melhor. O melhor é uma tarde de filme com você e vai ficar ainda melhor. A gente tá só começando. Serei um sexagenário do seu lado 1-2-3-4-5-6 e mais um monte.

amo você e estou ansioso pra descobri contigo o que vem por aí... Parabéns magrela.