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8/08/2016

A pontualidade não falha. Pontualidade no sofrer ha ha ha. Antes de escrever eu leio dois ou três posts anteriores e, vejam bem senhoras e senhores, se aqui escrevo é porque não tenho mais onde me refugiar. É aqui minha última tentativa de abrigo, de tentar sentir alguma coisa. Na verdade eu sinto, sinto muito, sinto dor, sinto tristeza por sentir pouco, por sentir esvaziar.

Hoje queridos, eu acordei e não senti aquele amor. Eu lembro quando o sol batia em seus cabelos e refletia alegria, lembro do cheiro quando fecho os olhos, da pele, do calor, do amor. Mas de que vale lembranças? Ainda me pergunto por qual lobotomia fui submetido pra ficar apático e egoísta assim desse jeito. Foi o trabalho de cientista? Foi a distância? Foi a Maria que não veio ainda? Foram as costelas que me faltam? Ah, quem sabe sabe que cada negligência minha era uma punhalada que eu dava em mim mesmo. Hoje e antes de hoje eu magoei a pessoa mais importante da minha vida. Hoje e antes de hoje eu estrangulava até a morte o que construímos com tanta beleza.

E tudo precisa mesmo ter um fim?